30/08/2019 às 14h32min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h45min

Parque Trianon inicia revitalização da Mata Atlântica

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) inicia em setembro a remoção das palmeiras Seafórtia no Parque Trianon. A espécie é chamada de exótica por ter sido “importada” da Austrália e de invasora porque inibe o desenvolvimento das espécies nativas da Mata Atlântica. Por isso, é conhecida popularmente como “palmeira australiana”. Essa palmeira chegou a São Paulo para compor projetos paisagísticos, graças à estética de sua folhagem, mas com o tempo percebeu-se o quanto o crescimento da espécie comprometia a flora. Para se ter uma ideia, tem uma grande capacidade de reprodução (cada cacho possui cerca de 4 mil sementes). Cronograma O projeto para remoção das cerca de 750 palmeiras existentes no Parque Trianon começa, oficialmente, em 1º de setembro, e terá duração de dois anos – entre remoção das espécies e sua substituição por árvores nativas da Mata Atlântica. Para que isso ocorra, será realizada uma higienização em todo o bosque do parque, com a remoção de galhos. Após, técnicos da SVMA farão um treinamento específico com os funcionários da empresa responsável pelo trabalho de remoção, orientando sobre o correto acesso a cada local e, principalmente, atentando para evitar danos ao restante da vegetação e também à fauna silvestre. Enquanto isso, o próprio Conselho Gestor do Parque atuará na conscientização da população do entorno, para esclarecer que a supressão dessas palmeiras não representa uma agressão à natureza – ao contrário, é o atendimento ao grito de socorro das espécies de Mata Nativa que foram gradativamente sufocadas pela Seafórtia. Projeto A decisão da SVMA em realizar ações que visem o controle da espécie invasora segue solução dada diante de situação semelhante ocorrida na vegetação de Mata Atlântica da Cidade Universitária. Os cientistas do Instituto de Biociências pesquisaram o fenômeno e concluíram que a espécie invasora provocava prejuízos à flora nativa. Em 2011, as Seafórtias da USP foram substituídas por 120 espécies nativas de Mata Atlântica. Diante desse resultado, a SVMA consultou parceiros como a SOS Mata Atlântica, universidades e comunidade para conduzir a ação, que prevê a conscientização da comunidade para a reposição das perdas vegetais e consequente retirada dessas plantas, além do controle da invasão biológica em andamento. O projeto contempla a erradicação da Seafórtia, que será feita por “lotes”. As palmeiras serão removidas aos poucos para evitar a criação de clareiras significativas. Outra ação prevista no projeto já foi feita, em 2018: o levantamento quantitativo de aves e de flora, feitos em 2018, respectivamente, pela Divisão da Fauna e pela Divisão de Produção e Herbário Municipal da SVMA. O plantio de novas espécies arbóreas ocorrerá em seguida.


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