28/06/2019 às 17h40min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h48min

Áreas de mananciais protegidas têm invasões constantes do crime organizado

Há áreas protegidas pela legislação para proteger a fauna e flora local. Mesmo que algumas sejam particulares, a exploração ou uso do solo são organizados pela Constituição. Porém, alguns locais são ocupados de forma irregular, liderados pelo crime organizado. De forma ilegal, os donos de alguns terrenos desmatam e vendem lotes, por exemplo. Ou ainda terrenos públicos são invadidos. Um dos principais nomes em relação a questões ambientais de São Paulo, o vereador Gilberto Natalini prepara um dossiê sobre a questão. Em entrevista exclusiva à Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, ele comenta sobre o resultado das investigações.   Gazeta de Pinheiros - Como a cidade pode prevenir que ocupações sejam feitas em áreas de mananciais?   Gilberto Natalini - O melhor caminho é através de programas como o Defesa das Águas. A Operação Defesa das Águas é um conjunto de medidas da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado para proteger, controlar e recuperar as áreas de interesse público, ambientais e de mananciais.   Esse programa foi muito bem no período em que o Eduardo Jorge foi Secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente, quando chegou a zerar as ocupações. No entanto, durante a gestão Haddad, as ocupações voltaram a acontecer e infelizmente estão chegando no limite, sob o olhar complacente do poder público.   GP - Já foram feitas conversas com a população do local? Há alguma tentativa de acordo?   GN - Em muitos casos, sim. Não tem acordo, precisa de ações firmes do poder público para impedir as ocupações. Os desmatamentos e os loteamentos recentes nas áreas de mananciais da Zona Sul são criminosos. Prejudicam o clima e a produção de água na cidade. São crimes socioambientais. O poder público tem que agir com urgência e com firmeza!   GP - Como deve ser feita a fiscalização do local? GN – De forma permanente. Para valer.   GP - Quais são as principais conclusões do estudo feito pelo vereador? GN - Já foram levantadas 45 áreas. O dossiê está sendo elaborado.   GP - Quais são as regiões atingidas? GN - Principalmente a zona sul, leste e norte, ao pé da Cantareira.   GP - Como deve ser o procedimento após verificada a ocupação? GN - O poder público precisa agir e as árvores derrubadas têm de ser repostas.   GP - Os terrenos são particulares ou públicos? GN - A grande maioria é particular, mas são áreas de Mata Atlântica e devem ser protegidas pelo poder público. Tem alguns exemplos de áreas públicas, como é o caso dos parques Guabirobeira e Cohab Raposo.


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