03/05/2019 às 11h59min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h51min

“Tontura é Coisa Séria” destaca a importância da abordagem na emergência

A Semana da Tontura, que aconteceu no final do mês de abril, batizada de “Tontura é Coisa Séria”, destacou que cerca de 50% dos casos da tontura estão relacionados às doenças de ouvido e outros 40% às doenças neurológicas. Nas unidades de emergência, a vertigem deve ser levada a sério e investigada. O foco é verificar se a vertigem aguda é de causa periférica ou central. Existem três testes básicos, os chamados “bedside tests” que podem ser feitos à beira do leito e que decifram o local da vertigem (no labirinto, no órgão periférico ou no sistema nervoso central). São eles: a pesquisa do reflexo vestíbulo-ocular por meio do “head impulse test”, a pesquisa de nistagmo multidirecional por meio do “teste semiespontâneo”, e a pesquisa de estrabismo vertical por meio do “skew deviation test”. “Esse diagnóstico diferencial é fundamental visto que cerca de 5% dos casos de vertigem aguda, associada a náuseas e vômitos, atendidos em pronto-socorro e ou unidades de emergência são decorrentes de acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame, alerta Dra. Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista, otoneurologista e Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. A especialista explica ainda que os sinais apresentados na tontura periférica podem apontar para diagnósticos como vertigem aguda desencadeada por falência súbita do nervo vestibular de um lado do crânio causada por infecção viral ou VPPB (vertigem aguda associada ao posicionamento de cabeça desencadeada). Já no caso da vertigem aguda central, problemas mais graves, como AVC de fossa posterior ou tronco cerebral ou cerebelo podem fazer parte do diagnóstico. “A tontura deve sempre ser investigada. Pode ser uma coisa simples e de fácil resolução. Entretanto, independentemente do motivo, quanto mais cedo se procura ajuda maiores serão as chances de recuperação rápida, e menores serão as probabilidades de sequelas, do problema se tornar crônico, persistente e duradouro”, alerta. Outras doenças relacionadas à tontura são: enxaqueca, diabetes, doenças da tireoide, colesterol alto, infecções de ouvido ou do nervo do labirinto, osteoporose, TPM (tensão Pré-menstrual), climatério e AVC (acidente vascular cerebral) são causas possíveis de tontura. Alguns hábitos do dia a dia podem contribuir para evitar o aparecimento da tontura, como não fumar, preferir alimentação saudável e fracionada, evitar álcool, beber bastante água, prevenir o estresse e praticar exercícios físicos regularmente. Fonte: Dra. Jeanne Oiticica, médica otorrinolaringologista concursada do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.  


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