​Invasão de casas cresce em Pinheiros e deixa moradores em pânico

Com mais de 30 mil pessoas em situação de rua, São Paulo vê crescer o problema de moradias. Invasões ocorrem na região. A Polícia reafirma a necessidade de registro. Já a Prefeitura de São Paulo promove programas de auxílio para a população de baixa renda.

Leitores trazem depoimentos
“Na madrugada de 12 de Outubro, por volta das 3:00 horas da manhã e pouco da madrugada, acordo com a maior confusão, praticamente na frente de minha casa, na Rua Amaro Cavalheiro esquina com Pascoal Bianco.  Nestas ruas tem várias casas, umas estão a venda, outras  para alugar, e algumas que por serem bem antigas, estão sendo reformadas. Não é a primeira, nem segunda vez, e com certeza não será a última, que meliantes, promovem a invasão dessas propriedades. Na madrugada invadiram pela segunda vez um imóvel, que está há 50 metros de minha casa. O problema que isto me causou foi perder mais uma vez a tranquilidade, culminando com a chegada da Polícia Militar e assim mais uma noite de sono foi perdida. Este é apenas um caso isolado, as invasões ou tentativas de invasão ocorrem todos os dias no bairro. Não se pode sequer sair de férias ou mesmo passar um final de semana fora. A chance de se deparar com seu imóvel invadido, é uma possibilidade muito concreta. Como de fato, já aconteceu”. D.C.D.N.A.

“Pois bem, meus pais morreram, e cinco imóveis que nos deixaram, foram invadidos com ordem de traficantes que se acham donos da área... E as casas não ficam em morro também não. E nós estamos com medo de denunciar e sermos perseguidos”. G.D.F.

B.O. é importante
A Polícia Civil informa que não localizou registro de ocorrência com os dados informados.  A SSP orienta as vítimas a registrarem o BO, que também pode ser feito pela Delegacia Eletrônica (https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br), para que os crimes sejam devidamente investigados.
Programas da Prefeitura para moradias
A Secretaria Municipal de Habitação não registrou nenhuma solicitação envolvendo imóveis localizados nas ruas Amaro Cavalheiro e Pascoal Bianco, no bairro de Pinheiros. E sempre manteve um diálogo constante com representantes dos movimentos por moradia, reafirmando assim o seu compromisso de priorizar os programas habitacionais da cidade.

Rede socioassistencial
A rede socioassistencial da Prefeitura dispõe de seis serviços na região de Pinheiros, sendo dois exclusivos para o acolhimento à população de rua: o Centro de Acolhida (CA) ‘Cor Esperança’, com um total de 110 vagas; e a República Jovem ‘João Drexel’, para jovens de 18 a 21 anos, que dispõe de seis vagas.
A SMADS destaca que as principais formas de encaminhamento de vagas são pelo Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

CENSO - pessoas em situação de rua
A Secretaria Municipal da Assistência Social (SMADS) informa que, de acordo com Censo 2021, divulgado em janeiro deste ano, há 31.884 pessoas vivendo em situação de rua na cidade de São Paulo. Destas, 12.675 estavam acolhidas na rede socioassistencial da Prefeitura. O levantamento também apontou que 273 pessoas (0,9% do total) estão em situação de rua na região de Pinheiros.