06/10/2022 às 23h36min - Atualizada em 06/10/2022 às 23h36min

​Novamente buracos tomam conta na maioria das vias na região

A grande frota de veículos que circula na cidade de São Paulo acaba causando estragos no asfalto, além da ação do tempo. A manutenção constante é necessária para evitar problemas maiores e acidentes. Período de chuvas afeta ainda mais a questão. Serviço ‘tapa-buracos’ deveria cuidar da questão, mas não está resolvendo, pelo menos nos bairros da região Sudoeste da capital. As reclamações devem ser feitas no Portal 156.
Em vias com grande tráfego, como Rebouças, Eusébio Matoso, Francisco Morato, Giovanni Gronchi, David Ben Gurion, Morumbi, Vital Brasil, Corifeu de Azevedo Marques, Santo Amaro e muitas outras, o desgaste do asfalto é muito grande. Nestes trechos de ligação, o número de veículos é alto e os cuidados com o trânsito precisam ser ampliados, principalmente pelas crateras que se formam dentro dos corredores de ônibus, pois a grande maioria não possui pavimento especial de concreto.
Para solucionar o problema, existe o serviço ‘tapa-buracos’. Ele consiste em um conserto no asfalto feito pela Prefeitura no lugar onde surgiu um buraco, quando o asfalto velho é removido de toda a área ao redor do buraco, preenchendo-se então o local com asfalto novo. O problema tem sido a qualidade do produto, que já foi reprovado pelos estudos da USP e a durabilidade dos serviços é pequena.

Programa de recapeamento
O programa de recapeamento teve início e irá recuperar 5,8 milhões de metros quadrados da malha viária da capital. Nesse programa, as primeiras vias que recebem o asfalto são as usadas pelo transporte coletivo e tem trânsito pesado, entre outros quesitos. Ao todo, 82 vias vão ser contempladas nas 32 subprefeituras. Outros programas ainda se somam ao programa de recapeamento em curso. Ao todo, até 2024, 20 milhões de metros quadrados receberão recape, micropavimentação ou a manutenção de pavimento rígido.

Novos recursos tecnológicos devem chegar
O ‘Sistema Gaia’, desenvolvido em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), substitui o modelo que era seguido aqui na capital para inspeção das condições do asfalto através de dispositivos acoplados em 108 carros de aplicativos e táxis parceiros, que são capazes de verificar as condições do pavimento e localizar possíveis irregularidades. O levantamento gera dados que possibilitam o recapeamento, segundo a necessidade de cada via e uma maior otimização dos recursos públicos. O monitoramento da condição da camada superficial das vias ocorre por meio de escaneamento da superfície do pavimento, realizado pelo ‘PavScan–Pavement Scanner’, que gera imagens em 3D da camada superficial do revestimento asfáltico, permitindo a avaliação das imperfeições e desgastes.
Já a avaliação das condições estruturais é por meio do equipamento ‘FWD-Falling Weight Deflectometer’ (usado em pistas de aeroportos), que permite a identificação da existência ou não das chamadas “bacias de deflexão” no pavimento. Quando constatadas, há necessidade de reparo profundo.
Com a utilização dessas três tecnologias (‘Pavscan’ + ‘FWD’ + ‘Sistema Gaia’), é possível determinar com maior precisão as soluções necessárias para o pavimento das vias, tanto qualitativa como quantitativamente, sendo possível ainda, conferir maior eficiência aos recursos financeiros dispendidos, com mais economia financeira e de materiais, e mais qualidade. Ao final das execuções, isso pode ser verificado de forma bastante perceptível.

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