06/10/2022 às 22h44min - Atualizada em 06/10/2022 às 22h44min

​Inundações vão continuar na Vila Madalena, Pinheiros e Jardim Paulistano

Novamente a Vila Madalena, Pinheiros, Jardim Paulistano entre outros, sofre com o problema relacionado às chuvas. Grande parte da região fica em um vale e, devido à ausência de locais de escoamento total, acaba por sofrer com enchentes no verão. A Associação ‘AME Jardins’ redige documento sobre o histórico do problema na região, e denuncia falta de atenção dos poderes públicos.

Depoimentos
“O Beco do Batman e arredores já alagaram parcialmente no último dia 27, na primeira chuva da Primavera,” D.D.

“Ruas próximas ao Cemitério São Paulo sempre alagam com uma chuva mais forte ou constante. Não há maneiras de resolver este problema de uma vez por todas?” W.L.

“Mais uma vez o Jardim Paulistano sofreu as consequências de um grave problema que enfrenta há anos: os alagamentos no período das chuvas de verão. Por várias vias do bairro, vimos novamente um verdadeiro rio atingindo imóveis e veículos e descendo em direção à Praça Gastão Vidigal, onde o represamento das águas causa danos não só para esta área verde, mas especialmente para as diversas residências do entorno”. AME Jardins

Estudo monitora problema
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, informa que em parceria com a Fundação Centro Técnológico de Hidráulica (FCTH), da USP, publicou o ‘Caderno de Drenagem da bacia do Córrego Verde Pinheiros’. O estudo apresenta um diagnóstico completo da atual situação da bacia, suas áreas de risco e aponta quais as medidas que podem ser adotadas pelo poder público para mitigar os efeitos das enchentes. O caderno em questão traz estudos sobre a implantação dos reservatórios da Rua Galeno e Praça Portugal, que entrarão em breve na programação de obras.

Balanço
Já a Subprefeitura Pinheiros informa que realiza a zeladoria da região sob a sua jurisdição, conforme previsto no plano preventivo de chuvas de verão. Por se tratar de uma região muito arborizada, são feitas limpezas diárias de bocas de lobo, galerias e córregos. Entre os meses de maio e outubro uma equipe fica destacada para realizar as atividades em cada setor. Nos meses em que as chuvas se intensificam - entre novembro a abril - duas equipes realizam essa atividade.

AME Jardins denunciou ausência de ações
“Desde 2010, a AME JARDINS vem buscando as autoridades municipais para relatar o problema e cobrar uma solução. Descobrimos que havia dois projetos possíveis para conter a força das águas: um reservatório na bacia do Córrego Verde, na esquina da Rua Galeno de Almeida com Rua João Moura, ou a ampliação das galerias do bairro, ambos projetos bastante custosos e com obras tendentes a causar muito transtorno na região. Todavia, já naquela ocasião alertávamos sobre a gravidade do problema e ressaltávamos a necessidade de uma solução concreta. Chegamos a levar o caso ao Ministério Público no final de 2010, juntamente com a SAJEP e alguns moradores do entorno da Praça Gastão Vidigal.
As cobranças para o desenvolvimento de projeto que atendesse as necessidades dos moradores do Jardim Paulistano continuaram sendo feitas pela AME JARDINS, quer seja em audiências públicas, em reuniões com Secretários Municipais ou pela mídia.
Importante trazermos esse histórico aos moradores dos Jardins de modo a demonstrar que a todo tempo, durante todos esses anos, esse assunto continua prioritário para AME JARDINS e jamais saiu do nosso radar. Com as fotos e vídeos que recebemos das chuvas que atingiram o Jardim Paulistano em 2022, novamente iremos cobrar as autoridades municipais e encaminhar o assunto para a imprensa. É um trabalho árduo e de insistência, mas estamos certos de que estamos no caminho para obtermos a melhor solução para o Jardim Paulistano e seus moradores.”

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