28/04/2022 às 20h44min - Atualizada em 28/04/2022 às 20h44min

​Uma proteção para quem deixa o crime

Em uma das passagens mais citadas da Bíblia (Mateus 19:24), Jesus disse: “É mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus”. Este versículo pode ser interpretado pelo desapego aos bens materiais e uma busca por uma sociedade fraterna, de amor e mais justa ao ajudarmos os que mais necessitam, como aqueles que erraram, com o cometimento de delitos, mas que devem ser reconduzidos à sociedade.
Essa passagem bíblica serve para descrever como a conversão do criminoso abre um caminho possível, mas improvável, de volta ao convívio social, fora da cadeia e do crime onde ele, criminoso, encontre um espaço na sociedade para se manter, juntamente com sua família.
E mais, registramos: é esse reposicionamento que as igrejas evangélicas e católica conseguem realizar voluntariamente e de maneira muito mais eficiente hoje do que o Estado, sem custos para os cofres públicos.
Fora das cadeias e penitenciárias, pregadores, pastores e padres conquistam respeito entre os moradores das áreas mais marginalizadas das cidades, até mesmo naquelas controladas por grupos criminosos. São pessoas que não têm medo de traficante e que, diferente dos agentes policiais, o percebem com alguém que tem sua dignidade e merece a oportunidade de se redimir. O Estado falha nessa tarefa, mas os religiosos têm obtido sucesso, embora muitos dos delinquentes retornem ao crime.
Sem uma política eficaz de auxílio e oferecimento de emprego ao ex-prisioneiro por parte do Estado, contamos hoje apenas com os religiosos que, sem dúvida, conseguem minorar essa grave e antiga situação.
*O. Donnini é jornalista e advogado

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