Pesquisa mostra que o gravíssimo problema da violência contra as mulheres ocorre em todos os espaços, especialmente o doméstico. Mas acabar ou minonar esses atos criminosos passa por políticas públicas que devem envolver toda a sociedade. Toda sorte de violência contra as mulheres vem aumentando assustadoramente. E mais. O número de vítimas da violência nessa situação só aumenta, conforme registra a pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC). Kelli Rodrigues, coordenadora da Casa Viviane dos Santos - Centro de referência no atendimento às mulheres vítimas de violência, em Guaianazes, Zone Leste da Capital, acredita que essa alta porcentagem reflete a realidade: “Durante a pandemia e o isolamento, os movimentos sociais e feministas alertaram o poder público de que o espaço doméstico poderia ser mais rigoroso e letal, mas nenhuma medida efetiva foi tomada para diminuir os riscos”. O cenário é ainda pior nas periferias, segundo ela “Há muita dificuldade de acesso a políticas públicas, que precisam ser fortalecidas para garantir os direitos da população, mas que são sucateados”, acrescenta Kelli. Para combater a violência contra a mulher, como prioridade, 53% dos paulistanos querem penas mais duras aos criminosos. É o que se espera do Congresso. O. Donnini é advogado e jornalista