14/10/2021 às 22h11min - Atualizada em 14/10/2021 às 22h11min

População preocupada pois Pinheiros será um dos maiores focos do Carnaval de rua 2022

“A cidade de São Paulo terá, em 2022, o seu maior Carnaval de Rua com 15 milhões de pessoas.” Essa é a previsão da Prefeitura apresentada ao anunciar também as datas das inscrições dos blocos, da publicação do edital de patrocínio e da divulgação da lista dos desfiles. Região recebe 85% do público. Isto mesmo, Pinheiros, Vila Madalena, Sé, Lapa e Vila Mariana recebem a maior parte dos foliões e já causa preocupação dos moradores, com a a baderna desenfreada, brigas, muito barulho e sujeira por todos os cantos, o que vem ocorrendo em anos passados. Promessa de maior organização Por outro lado, a prefeitura promete sempre uma maior organização e segundo o prefeito Ricardo Nunes, se não houver alteração desfavorável, o carnaval voltará às ruas no próximo ano. “Por isso, é importante que façamos um planejamento para, se a Vigilância Sanitária aprovar, teremos um carnaval de forma segura ajudando na retomada econômica. Vai ser o nosso maior carnaval de rua”, disse o prefeito lembrando que a festa também fará parte da retomada da economia, pois irá gerar cerca de dois mil empregos diretos e outros milhares, indiretos. Preocupação A invasão das ruas de Pinheiros e Vila Madalena já causa preocupação dos moradores, pois exemplos dos anos passados, mostrou que o poder público, a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal não deram conta de conter a multidão de milhares de foliões, que exaltados urinavam nas ruas, nos jardins e nas portas da casas, causavam brigas e muitas confusões na madrugada, desde o Largo da Batata, passando pelas ruas principais do bairro e fazendo o ponto de encontro nos bares da Vila Madalena. “Uma festa aberta nas ruas não mostra limites para os foliões, que gritam, brigam e não respeitam o policiamento”, informam moradores. “É preciso muita organização e disciplina para controlar um carnaval de rua, que segundo notícias, estará entre os de maiores concentrações de público do país. Sem falar na pandemia que ainda estará rondando a todos e fazendo milhares de vítimas. Seria o momento de ‘abrir as trincheiras’ para o coronavirús?”, explicam integrantes da comunidade e entidades do bairro. Vigilância Sanitária Para preparar a festa, a administração municipal teve parecer favorável da Vigilância Sanitária com base na atual queda dos números de ocupação dos leitos de UTI, de enfermaria, de óbitos, da ampliação da população vacinada (que já chega a 97,5% dos adolescentes e 82% das pessoas com a imunização completa), além das doses de reforço na capital paulista. “Este é um trabalho que a Comissão do Carnaval de Rua preparou para as festas dos blocos nos bairros. É um planejamento para deixar a cidade preparada, caso possamos ter este evento”, afirmou o Secretário das Subprefeituras e coordenador do Carnaval de Rua 2022, Alexandre Modonezi. O secretário também mostrou um estudo inédito sobre a distribuição dos foliões na capital, que identifica 85% do público fica concentrado em 10% dos eventos, especialmente nas regiões da Sé, Pinheiros, Lapa e Vila Mariana. “O Carnaval de Rua está nas 32 subprefeituras. Embora o grande público esteja concentrado em 75 blocos, toda a cidade é contemplada pelos desfiles oferecendo um carnaval descentralizado e amparado pela infraestrutura da Prefeitura de São Paulo", explicou. Polos grandes e médios Para 2022, a cidade será organizada em polos grandes e médios, além dos caminhos pequenos. Os mesmos percursos programados para os anos de 2019 e 2020 serão mantidos. As inscrições para os blocos estarão disponíveis entre os dias 15 de outubro e 5 de novembro. Já o edital de patrocínio será lançado em 18 de outubro e a lista dos desfiles será publicada em 28 de novembro. Os cadastramentos dos blocos tradicionais, ou seja, aqueles que já participaram de edições anteriores serão priorizados e os iniciantes serão validados em seguida. Pandemia O secretário Edson Aparecido enfatizou que a realização do carnaval 2022 dependerá da situação da pandemia na cidade e só acontecerá após a autorização da equipe de Atenção Básica da Secretaria. O grupo é composto por sanitaristas, epidemiologistas e infectologistas, que foi responsável pela construção das estratégias de enfrentamento ao coronavírus desde o primeiro diagnóstico na capital.


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