30/09/2021 às 21h08min - Atualizada em 30/09/2021 às 21h08min

São Paulo: saúde da população comprometida com menos áreas verdes

Prédios são construídos de maneira incessante na Capital e menos áreas verdes restam aos paulistanos (vide matéria nesta edição). Como sabemos, as árvores melhoram a qualidade de vida, na medida em que propiciam mais saúde à população. Proporcionam uma temperatura mais agradável, sombra, flores, um ambiente menos poluído, pois absorvem gás carbônico e liberam oxigênio, além do aumento da umidade do ar. Se não bastassem esses enormes benefícios, as árvores diminuem o ruído das vias, causador, também, de muitos problemas de saúde. Várias doenças respiratórias seriam evitadas ou minoradas se tivéssemos em São Paulo uma maior cobertura verde que, na realidade, além de insuficiente, é desigual nas regiões de nossa metrópole. Se no bairro de Alto de Pinheiros existem dois parques e mais de cinquenta praças, na zona leste e no centro há baixíssimo índice de arborização. Embora a quantidade de vegetação na Capital tenha aumentado, visto que, se em 2008 havia 11,7 m2 de verde por habitante, em 2017 passou para 16,5 m2, esse índice se encontra pouca coisa acima do mínimo necessário preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo certo que o ideal é de 36 m2 por habitante, ou seja, aproximadamente três árvores por habitante. A título de comparação, Estocolmo, na Suécia, tem 86 m2 de área verde por habitante. Assim, milhões de árvores precisam ser plantadas em São Paulo, o que requer uma ampla campanha da prefeitura, completamente omissa nessa importantíssima tarefa, meta abandonada há vários anos. Contrariamente ao que sucede em várias cidades do mundo, aqui as poucas áreas verdes dão lugar a edifícios. Até quando presenciaremos essa irresponsabilidade administrativa? O. Donnini, jornalista e advogado


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