26/08/2021 às 23h33min - Atualizada em 26/08/2021 às 23h33min

Pernilongos voltam a atacar no ‘veranico’ dentro do inverno

Mesmo no frio, o número de pernilongos atormenta a região. Moradores das proximidades do Rio Pinheiros afirmam que o problema persiste mesmo agora, no inverno. A Prefeitura afirma fazer ações quinzenais na região. Não há antídoto certo que combata os mosquitos. A sua presença é minimizada por repelente, pastilhas de tomada, espiral, raquete elétrica e outros subterfúgios. Porém, a questão costuma ser amenizada em dias frios. Entretanto, há relatos de que o problema tem persistido nas proximidades do Rio Pinheiros. Fossas negras e sépticas, calhas entupidas, galerias de água pluvial entupidas, rios e córregos contaminados com esgoto, piscinões, calçadas quebradas que permitem o acúmulo de água sob o revestimento e recipientes e resíduos sólidos de plástico, pequenos e grandes, acumulam água, podendo representar excelentes ambientes para a proliferação do pernilongo. Os mosquitos podem apresentar resistência aos inseticidas usados no controle. Além desse problema, há o fato de que nem sempre é possível utilizar o fumacê, pois as condições climáticas podem não ser as adequadas. As partículas do inseticida têm de permanecer suspensas no ar por certo período para que matem os mosquitos. Por exemplo, se estiver ventando, não é possível fazer a aplicação, pois ocorrerá a perda do produto, agravada pela contaminação do ambiente, sem ter o resultado esperado. A aplicação de inseticidas pode ser feita durante o dia nas margens de rios e córregos poluídos, pois visa eliminar os pernilongos que estão em repouso na vegetação. O controle seria mais efetivo com a aplicação de produtos larvicidas, mas as condições climáticas devem ser avaliadas para evitar a perda do produto antes que possa causar o efeito desejável, matar as larvas. A Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais relembra uma conversa com Maria Anice Mureb Sallum, professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a especialista, Por causa da falta de saneamento ambiental, especialmente pelo fato de o Rio Pinheiros receber elevada quantidade de esgoto in natura e ter sido transformado em “lagoa de estabilização”. As margens são sujas, com plantas que facilitam o desenvolvimento das fases iniciais de vida do pernilongo doméstico e oferecem abrigo aos adultos, machos e fêmeas. Maria Anice ainda afirmou, na época, que muitas medidas deveriam ser adotadas pelos governantes, mas não o são ou são inadequadas e descontinuadas. Por exemplo, seria tarefa dos governantes a adoção de amplas medidas de saneamento ambiental que permitissem a eliminação dos habitats das fases iniciais de vida do mosquito, ou seja, água acumulada em recipientes e rios, riachos, lagos poluídos por esgoto doméstico e industrial. Obviamente, a população deveria colaborar, não jogando lixo em bueiros, nas ruas, nos rios, no ambiente em geral e cuidando de suas residências, evitando que as calhas acumulem água e o revestimento fique quebrado de maneira a permitir a formação de pequenas poças, além de limpar os ralos, descartar o lixo em locais adequados etc. Ou seja, mosquito é problema ambiental e, portanto, medidas de saneamento devem ser adotadas para eliminá-los ou mantê-los em baixa densidade. Prefeitura afirma manter ações ao longo do ano Questionada há algumas semanas, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ), informa que possui um programa municipal de monitoramento e controle de Culex Quinquefasciatus (pernilongos) no Rio Pinheiros. Ele é feito de forma quinzenal, com aplicação de larvicida biológico. As ações têm apresentado eficácia na presença larvária e quase não há detecção de adultos em toda a margem do rio citado. A presença de pernilongos em bairros, mesmo próximos ao Rio Pinheiros, pode ser causada por córregos sujos e bueiros com acúmulo de lixo, vistoriados pelas Subprefeituras. Os munícipes podem acionar o Serviço por meio do Sistema Integrado de Gestão de Relacionamento com o Cidadão (SIGRC) ou através dos seguintes canais: atendimento 156 ou através portal da prefeitura (https://sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal). O setor responsável vai providenciar as medidas cabíveis.


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