Há 50 anos, em Buenos Aires, Argentina, fiquei admirado ao trafegar pela Avenida Nueve de Julio e constar que os semáforos eram sincronizados, o que possibilitava maior velocidade e menos trânsito. Nos anos 1980, aqui em São Paulo, lembro-me que a Avenida Rebouças possuía esse mesmo sistema, abandonado posteriormente. Em São Paulo não há atualmente sincronismo nos semáforos, mesmo nas grandes avenidas, como a Faria Lima, Paulista e Paulo VI (Sumaré), Giovanni Gronchi, Francisco Morato, o que é um atraso, na medida em que a poluição é maior, o tempo de percurso mais longo, acidentes são mais frequentes e horas perdidas. Mesmo após o horário de rush e até de madrugada, somos obrigados a parar em quase todos os cruzamentos com semáforos. Não tem sentido a cidade mais rica da América Latina deixar de possuir um sistema tão antigo e eficiente, especialmente com as novas tecnologias (semáforos inteligentes), o que melhoria a vida não apenas daqueles que se utilizam do transporte individual, mas também na velocidade dos ônibus, em benefício de todos. O CET alega possuir controle eletrônico dos semáforos, mas que não resolve para o trânsito, que continua um caos em toda capital Precisamos, urgentemente, em nossa cidade da denominada “onda verde”, visto que não tem sentido algum quem trafega com seu veículo parar em um semáforo que está vermelho, aguardar um tempo e, logo à frente, se deparar com outro também vermelho e, assim, sucessivamente, por vários quilômetros, em verdadeira “onda vermelha”. O trânsito, uma vez adotada a sincronização dos semáforos, terá, portanto, maior fluidez e segurança. *O. Donnini, jornalista e advogado.
