07/02/2019 às 19h10min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h53min

Estreias da semana - 08/02/2019

Uma Aventura Lego 2    Cinco anos depois em um futuro distópico, a cidade é agora denominada Apocalipsópolis. Neste contexto, Emmet constrói uma casa para viver ao lado de Lucy. No entanto, Alienígenas capturam Lucy, Batman, Astronauta, UniKitty e o pirata, levando-os ao sistema planetário de Manar. Cabe a Emmet construir uma espaçonave e salvá-los. No caminho ele encontra Rex Perigoso, um navegante solitário que decide ajudá-lo em sua jornada. Uma Aventura Lego 2. Direção: Mike Mitchell. Animação. (The Lego Movie 2: The Second Part, EUA/Dinamarca/Noruega/ Austrália, 2019, 106min). Livre.   Natureza viva de Van Gogh confunde o mundo físico e o espiritual Após “Projeto Flórida” ser indicado ao Oscar de Melhor Ator a Willem Dafoe e “Com Amor, Van Gogh”, a Melhor Animação ano passado, Dafoe repete a dose aproveitando sua face conturbada de Duende Verde ao encarnar o gênio esquizofrênico no mesmo cenário da animação pintada a óleo. O diretor Julian Schnabel, de "O Escafandro e a Borboleta”, revela o lado intimista do polêmico pintor recluso no silêncio bucólico da natureza viva do campo, estilo marcante de onde buscava inspiração para as suas apressadas obras de arte. Confessou certo dia ao irmão Theo que falava com os anjos, discurso semelhante ao de Joana D;Arc perante ao Tribunal de Inquisição antes de ser queimada. Em linguagem moderna, Van Gogh, apesar de ter um raciocínio claro e coerente, confundia o mundo físico com o mundo espiritual devido à sua mediunidade ostensiva, cometendo inclusive crimes durante o transe psíquico sem se lembrar de nada. A exemplo de Jesus, o incompreendido gênio nasceu na época errada sem vender nenhum quadro em vida. No Portal da Eternidade. Direção: Julian Schnabel. Drama cinebiográfico. (At Eternity’s Gate, França/EUA, 111min). 12 anos. Nota: 3,5   Excesso de cortes ofusca genocídio comunista Romance impossível pós Segunda Guerra Mundial vai da ratificação do Tratado de Varsóvia (1948) até aproximadamente a Crise dos Mísseis em Cuba (1963). O diretor polonês Pawel Pawlikowski ("ida"), indicado ao Oscar 2019 de Melhor Filme Estrangeiro e Direção, retrata mais uma vez seu povo sofrido e penalizado por ter nascido entre a Alemanha nazista e a União Soviética de Stalin ocupada pelo Exército Vermelho até o fim do Comunismo. História de amor puro de poucos reencontros anuais, seja em Varsóvia, Paris ou Berlim, a trabalho ou a lazer acometidos sempre de ardente paixão repentina como se fosse a primeira vez, superando conflitos armados e repressões na pior crise político-econômica do país. Na trama, a ousada protagonista Zula (Joanna Kulig) é aceita no coral de dança organizado pelo futuro amado Wiktor (Tomasz Kot), grupo que mais tarde passou a fazer apologia ao governo de Stalin. Vínculo maldito esse que acabou banindo-o para a Cidade Luz, enquanto Zula tornou-se uma grande cantora. Ocorre que o excesso de cortes acabou ofuscando a maioria das questões políticas, minimizando o drama vivido pelo casal polonês ao longo de 15 anos. Destaque para a belíssima fotografia em preto e branco indicada ao Oscar também, unida à linda trilha sonora dos anos 40. Guerra Fria. Direção: Pawel Pawlikowski. Romance dramático. (Zimna Wojna, Polônia/Inglaterra/França, 2018, 89min). 14 anos. Nota: 3,5 Arte Sonífera á cultura negra leva três indicações ao Oscar "Se a Rua Beale Falasse” iria cantar cores fortes e alegres originárias do jazz ao invés de sujas e frias em apologia à pobreza. O figurino seria de uma família de negros de classe média baixa bem humorada observando, acima de tudo, o lado bom da vida, sobretudo após a filha Tish (Kiki Layne) ficar grávida do inocente namorado Fonny (Stephan James), preso por estupro por uma mulher que nunca o viu. A testemunha-chave que o incriminou foi um policial mau caráter da redondeza. Uma história manjada e arrastada composta de longos diálogos soníferos do mesmo diretor de “Moonlight”, Barry Jenkins (vencedor do Oscar 2018 de Melhor Filme). Para este ano, Jenkins concorre ao melhor roteiro adaptado, trilha sonora e atriz coadjuvante para Regina King. O ponto positivo são as lindíssimas imagens como a do nascimento do seu bebê de dentro d´água. O nascer da água e do espírito (nascimento físico e moral), ao contrário dos espíritos de porco daquela época. Se a Rua Beale Falasse. Direção: Barry Jenkins. Drama. (If Beale Street Could Talk, EUA, 2018, 119min). 14 anos. Nota: 2,5   Escape Room   No thriller de terror psicológico “Escape Room”, seis jovens tentam encontrar pistas de um quebra-cabeça para poder sobreviver. Quem perder, ganha a morte como recompensa. Escape Room. Direção: Adam Robitel (EUA/África do Sul, 2019, 109min). 14 anos. Vergel    Uma mulher brasileira espera o corpo do seu marido que foi morto durante as férias do casal na Argentina. Durante o luto, uma vizinha surge para ajudar e acaba despertando novos desejos sexuais, mexendo com sua emoção. Vergel. Direção: Kris Niklison. Romance Dramático (Brasil, Argentina, 2017, 86 minutos). 16 anos
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://gazetadepinheiros.com.br/.