Um dos principais focos de disseminação da Covid-19 é a aglomeração. Isso não vem impedindo que ocorram “pancadões” e bailes funk na região. Segundo relatos, as comunidades do Jaqueline, entre a Rodovia Raposo Tavares e Avenida Eliseu de Almeida, e as comunidades Paraisópolis e Jardim Colombo no Morumbi, continuam realizando atividades noturnas e na madrugada. A Polícia afirma fazer trabalho para evitar aglomerações, mas as reclamações aumentam de milhares de moradores de condomínios, que sofrem pelas 72 horas diretas de som no último volume. Moradores trazem depoimentos “Paraisópolis, Jardim Colombo, Jardim Jaqueline, e os municípios de Embu das Artes, Cotia e Itapecerica ......Os ‘pancadões’ duram 72 horas sem interrupção e prejudicam milhares de moradores de toda a região....”. W.D. “Os próprios moradores da comunidade de Paraisópolis, com mais de 80 mil habitantes, condenam os famigerados ‘pancadões’ nos finais de semana, pois a sua grande maioria de trabalhadores não consegue dormir. Mas tem receio de denunciar os locais internamente, com medo das facções que atuam nestes eventos. A PM, depois do lamentável ocorrido, onde morreram inúmeros jovens pisoteados em rua sem saída, não atua mais diretamente e evita confronto com os verdadeiros traficantes e bandidos. Com isto, os bailes e musica alta, devem continuar e cada vez mais ativos.” O.D. “Uma lástima que a PM tenha medo de entrar nas comunidades antes da realização dos ‘pancadões’, para evitar a distribuição de drogas entre os jovens e sexo explícito.” V.L “Nesta época de pandemia não só aumentaram os bailes funk, como já foram para os municípios vizinhos como Osasco, Cotia e Embu das Artes.” A.F. “Quem frequenta são jovens de fora da comunidade, em sua grande maioria, que procuram o comércio clandestino de drogas e sexo fácil.”. M.F. “Nosso condomínio fica no alto do Morumbi e recebe com frequência todo o som altíssimo destes bailes. Nem as janelas antirruídos dão conta de tanto sofrimento.”.P.P. Corpos de desaparecidas são reconhecidos apos baile funk Os corpos de Juliana Renata Garcia Rafael, de 26 anos, e Claudia Cristina de Pinto Menezes, de 35 anos foram reconhecidos esta semana. Foram encontradas próximo ao Rodoanel, depois que desapareceram no dia 3 de junho, quando participaram de bailes funk na região de Paraisópolis. Legislação Uma lei de autoria do então deputado Coronel Camilo, que proíbe a emissão de som alto proveniente de veículos ou equipamentos estacionados em vias públicas, sancionada pelo governador Geraldo Alckmin em 2015, prevê multa de R$ 1 mil ao dono do veículo, valor que pode quadruplicar em caso de reincidência. A lei também estabelece a punição em espaços particulares de acesso ao público, como postos de combustível, áreas livres e estacionamentos. Segundo a Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 624/2016, não é mais necessária a utilização de aparelhos de medição para aferir o ruído excessivo, bastando a constatação pela fiscalização de som audível do lado externo que perturbe o sossego público. Nos casos de descumprimento à ordem de redução do volume sonoro em que não for possível retirar o aparelho de som sem provocar danos ao veículo ou ao equipamento, o mesmo será apreendido provisoriamente, seguido da emissão do Comprovante de Recolhimento e de Remoção (CRR) pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP).