“Por que os cidadãos, os que pagam IPTU, os que vivem na cidade tem pouca participação de opinião na área que vivem? O proprietário tem o poder sobre seu imóvel e acata propostas volumosas de construtoras sem responsabilidade! As incorporadoras não estão interessadas em quem mora e em quem vai morar nos espaços que estão criando. Não se importam com a remoção de famílias inteiras, expulsam seus moradores sem consideração, porque os habitantes não são importantes e as construtoras são poderosas. E assim funciona o processo de gentrificação urbana. Os interesses de ordem social não estão nessa conta. Vende quem pode vender, leva, quem paga mais! É assim que funciona a mentalidade geral. Uma ilusão dos que se satisfazem com as ofertas grandiosas, se são extraordinárias, é porque valerão muito mais no futuro do que cada dos proprietários pode imaginar. Estamos diante da possibilidade de destruição do único quadrilátero baixo de Pinheiros, sim, disse ÚNICO!!! Este quadrilátero que mantêm essa área de Pinheiros entre R. Mateus Grou, Estela Sezefreda, Pascoal del Gaizo e rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, como o bairro vivo, ventilado, resfriado e por ser baixo distribui luminosidade! Esse ponto é o que importa, mais um paredão para asfixiar, esquentar e tirar o espaço para fazer o ar circular. Cada um desses proprietário terão a responsabilidade de mais um desastre nessa cidade, enquanto seus olhos brilham e seu coração palpita forte em pensar nos cifrões oferecidos pelos bajuladores enricados. Em outros países desenvolvidos, é ao contrário, benfeitores compram áreas para proteger da especulação imobiliária. LAVVI, uma parte da grande incorporadora CYRELA, quem está planejando DESTRUIR este ÚNICO quadrilátero baixo, não está preocupada com benefícios urbanístico ou cultural e muito menos preocupada com os prejuízos das famílias que já habitam a área há mais de 50 anos, idosos que serão empurrados para fora, abalados não apenas nas estruturas de suas casas assim como em suas famílias. Se fossem modernos, conscientes, abririam mão desse investimento numa via pequena”. Seguem os depoimentos de alguns dos moradores e comerciários da área: Marjory Imai: “Queremos apoio das autoridades, queremos preservar a qualidade de vida dos que vivem em entorno, queremos Lavvi, Cyrela e Tegra longe daqui. Chega de assédio, chega de destruição do bairro de Pinheiros. Fora Lavvi!” Ulda Toledo: “As casas sempre têm mais verde, com solo mais permeável que os prédios! Mais prédios, mais enchentes. Preservar as vielas de residências deveria ser uma meta institucional e governamental.” Bia Parreiras: “Preservar essa área plana é valorizar Pinheiros e seria melhor fazer das ruas, boulevards.” Duda: ‘A ideia de vir morar em um lugar familiar, com jeito de bairro, bem localizado e ao mesmo tempo com restaurantes e lojas descoladas é o que faz Pinheiros ser tão diferentes dos outros lugares. Se perder esse charme com tantos prédios, não terá mais procura. Pinheiros não quer ser Moema! Hamilton Cabral: “Este pedaço de Pinheiros representa uma preciosidade para o bairro. Muitas pessoas, além dos moradores locais, circulam pelas ruas tranquilas e arborizadas. É muito importante a preservação deste espaço plano!” Dr. Cristiano A.F. Zerbini “A ganância imobiliária destruirá o charme de Pinheiros”. Rosanne Brancatelli “A teimosia humana não respeita a dignidade do bem-estar de seu habitat.” Comitê das Vilas e Associações do Bairro