13/05/2021 às 23h07min - Atualizada em 13/05/2021 às 23h07min

Verticalização desenfreada está acabando com Pinheiros e Vila Madalena

A verticalização excessiva de Pinheiros, Vila Madalena, Butantã e regiões oeste e sul, mostra o processo urbanístico aprovado pelo último Plano Diretor, na gestão do então prefeito Fernando Haddad, que está incentivando a construção de grandes e inúmeros edifícios. Assim, a região vive um processo de adensamento populacional, que se reflete na arquitetura pela substituição de casas e sobrados, por prédios e condomínios verticais. Moradores apontam aumento de prédios “Nós, residentes de Pinheiros estamos indignados com os assédios incessantes das incorporadoras! A Lavvi/Cyrela quer destruir o quadrilátero baixo de Pinheiros, entre as Ruas Mateus Grou, Virgílio de Carvalho Pinto, Estela Sezefreda e Pascoal del Gaizo, com suas ofertas grandiosas seduzindo proprietários ingênuos do valor real de seus imóveis térreos, valor de estima e a futura supervalorização. Nos apoie, diga: NÃO À VERTICALIZAÇÃO.”  Comitê das Vilas e as Associações de Bairro. “Prédio gigantesco na rua Harmonia, muros que parecem da Embaixada Americana, e desconexão total do bairro da Vila. Triste!” T.T. “A maior parte das ruas de Pinheiros está assim. Prédios gigantescos e feios.” A.P.N. “Descaracterização total do bairro (vide a rua César Lacerda Vergueiro, hoje irreconhecível).” A.S. “Um verdadeiro horror mesmo. Ainda pior do que construir um mastodonte desses é aquele que decide morar ai.” P.C. “Sem contar essa nova ‘Lei Fachada Ativa’, que permite construir sem recuo da edificação vizinha. Um pesadelo! Um espigão de mais de 25 andares e lojas coladas no muro. Estilo Dubai. Quanto mau gosto...”.A.C.R. “É a nova geração de prédios 2 em 1. Um que é quase um cortiço com diversas quitinetes de 20 m2 e outro com mansões suspensas de 230 m2. E lógico, com entradas separadas em ruas separadas. É o novo apartheid social metido a descolado.” A.G. “É para desestimular o uso de automóveis, também uma nova tendência. Os prédios, inclusive, não terão nem garagem, nem portarias...” L.L.A. “E são vários sendo construídos, num raio de 5 quarteirões ”. A.G. “Vão se acostumando. O Plano Diretor prevê a verticalização total dos bairros, com adensamento urbano, modelo defendido pelos arquitetos urbanistas e pela total incapacidade do Estado em levar infraestrutura para áreas mais afastadas...”L.A. “É a Torre Eiffel do inferno”. P.V. Eixo da Transformação Urbana influencia no crescimento do bairro Questionado recentemente, de acordo com o Executivo Municipal, a atual Lei de Zoneamento e o Plano Diretor incentivam o desenvolvimento da cidade de acordo com os princípios urbanísticos contemporâneos, evitando o crescimento desordenado, preservando a qualidade urbana e ambiental e a dinâmica de vida nos miolos dos bairros. Qualquer intervenção local, seja ela de pequeno ou grande porte, deve seguir estritamente as legislações condizentes com a preservação ambiental e de patrimônio local, garantindo uma cidade mais moderna, equilibrada, ambientalmente responsável, inclusiva e com qualidade de vida. Para a região de Pinheiros não foi diferente, por ser uma área com diversas zonas de uso, a altura e densidade construtiva das edificações variam. É possível conferir o gabarito e os demais parâmetros de ocupação do solo de acordo com cada zona no Quadro 3 da LPUOS. Com relação ao Eixo da Transformação Urbana, a Prefeitura afirma que tanto a Estação Fradique Coutinho do metrô, quanto a Avenida Rebouças (que tem um corredor de ônibus já implantado), seguem os critérios estabelecidos no artigo 76 Plano Diretor Estratégico (Lei nº 16.050/2014), que na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 16.402/2016) são indicados como Zonas de Estruturação Urbana (ZEU). São as áreas da cidade aptas a receber o adensamento construtivo e populacional em função da presença do transporte público coletivo de média e alta capacidade.


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