25/02/2021 às 22h22min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h18min

Entidades falam sobre o gradeamento da Praça Pôr do Sol. Leitores criticam e elogiam a medida

A Praça Pôr do Sol está em processo de gradeamento. De acordo com a Prefeitura, a medida atende as demandas de entidades locais, que deram seu posicionamento, bem como a comunidade e frequentadores. O fechamento e abertura do local, assim como sua capacidade, estão em fase de estudos. Novela indefinida ‘fecha e abre’ É necessário que a ‘novela’ sobre a praça passe por uma definição final. Ex-prefeito Fernando Haddad autorizou o cercamento; quando assumiu o ex-prefeito João Doria desautorizou e mandou abrir. Agora o prefeito Bruno Covas está novamente autorizando o gradeamento definitivo, e todos esperam que seja feito com modelo de parque, com guaritas, sanitários e todo apoio da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.  Em nota enviada à Gazeta de Pinheiros, a Subprefeitura Pinheiros, esclareceu que realiza o fechamento da Praça Pôr do Sol com alambrados a pedido da Associação Amigos do Alto de Pinheiros (SAAP) e da Associação de Moradores de City Boaçava. A iniciativa, no período de pandemia, visava facilitar o controle de pessoas para não causar aglomeração. Prefeitura já gastou com locação de tapumes mais de R$ 2 milhões O fechamento e abertura do local, assim como sua capacidade, estão em fase de estudos. Durante a pandemia são respeitadas as regras do Plano São Paulo. Foram instalados tapumes locados pela Prefeitura em vez de grades. Questionada a Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Pinheiros, esclarece que atendeu às solicitações de moradores da região quanto à colocação de alambrados na praça. A iniciativa, no período de pandemia, visa a facilitar o controle de pessoas para não causar aglomeração, e, no pós-pandemia, a conservação do local, que contém características de parque e recebe grande quantidade de frequentadores. O fechamento e abertura do local, assim como sua capacidade, estão em fase de estudos. Durante a pandemia são respeitadas as regras do Plano São Paulo. Foram instalados alambrados em vez de grades, por ser mais econômico. A instalação dos alambrados da Praça do Pôr do Sol está em fase de finalização e no local também estão sendo executados serviços de zeladoria. O custo total é de R$ 652.953,78. Desde o início em abril de 2020 até o fim de fevereiro de 2021 o custo total do fechamento ficou em torno de R$ 2,2 milhões.   Entidades locais se posicionam De acordo com nota, desde 2014, a SAAP e a Associação dos Vizinhos da Praça do Pôr do Sol (Avisol, já extinta) dialogaram com o poder público para enfrentar esses problemas. Foram instaladas câmeras de vigilância, uma base para vigias (feita com recursos doados pelos moradores) e uma estrutura de iluminação melhor. “A SAAP considera a medida necessária para preservar, cuidar e evitar a depredação do local, garantindo o bom uso e a segurança dos frequentadores. A Praça Pôr do Sol tem dimensões e movimentação de um parque – aliás ela chegou a ser um parque por dois anos, até 2017. Aos finais de semana, 10 mil pessoas se espalham por seus cerca de 30 mil metros quadrados. Por isso, não é surpresa que cercá-la e fechá-la durante a noite possa ser útil – tal qual acontece com alguns parques menores que ela. Convém lembrar que, durante a maior parte do tempo, a Pôr do Sol permanecerá aberta, livre para a entrada de qualquer visitante”, justifica. Boaçava Entretanto, a SAB (Sociedade Amigos do Bairro City Boaçava), em contato com a Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, afirmou que nunca foram “procurados para opinar”. “Ocorre que em momento algum demos qualquer opinião nem contra nem a favor sobre o fechamento. Em relação ao tema, a entidade comenta sobre o reflexo do fechamento da praça em outros locais. “Temos sim a nossa Praça Barão de Pinto Lima que cuidamos com todo carinho e dedicação. Nestes últimos meses ou até podemos dizer um ano atrás, com o fechamento da Praça do Pôr do Sol, estamos tendo problemas vários, como ocorria na mesma, pois as pessoas que frequentavam ela passaram a frequentar a nossa Praça Barão de Pinto Lima, acarretando sérios transtornos”. Prefeitura afirma que não há necessidade de consulta pública A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Pinheiros, esclarece que apesar de atender a solicitações de moradores da região, não há legislação que obrigue a administração a fazer consulta pública, uma vez que a Praça do Pôr do Sol tem características de parque, e não há obstáculo legal para que providências sejam tomadas no intuito de garantir proteção à manutenção dos bens públicos. De acordo com nota enviada à reportagem, o cercamento do local visa manter a segurança de seus frequentadores, assim como a conservação do local, sendo possível ainda, que outras benfeitorias feitas na da praça não sejam vandalizadas. A Prefeitura ainda afirma que o fechamento e abertura do local, assim como sua capacidade, estão em fase de estudos. Conselho Participativo traz questionamentos O Conselho Participativo Municipal – Pinheiros enviou um ofício à Subprefeitura de Pinheiros solicitando esclarecimentos sobre o caso. O documento, que cita reportagem da Gazeta de Pinheiros – Grupo 1 de Jornais, afirma que o órgão vem recebendo questionamentos de munícipes. O texto solicita que a Subprefeitura esclareça se houve consulta à população local que não está ligada à nenhuma das associações citadas como justificativa do Executivo, “bem como os usuários e cidadãos que não habitam esta região, mas que utilizam este espaço público para lazer. O texto acaba solicitando esclarecimentos e detalhes sobre o processo. Moradores e frequentadores têm trazido depoimentos desde o fechamento com tapumes “Existe coisa mais ridícula e higienista que isso? A praça não é uma extensão da propriedade de quem mora na frente, é de todos nós. Precisamos abrir um pedido urgente na subprefeitura e parar essa maluquice elitista.” J.P.B. “Alguém tem notícias de como será a reabertura da Praça do Por do Sol? Se a prefeitura vai primeiro cercar com grades antes, conforme estava previsto ou não. E quando?” C.M. “Meses sem marginais, pancadão, sem sujeira e vandalismo. A vegetação e os pássaros agradecem....”. C.V. “Já nem consigo ir da cozinha para quarto cara, uma barra sem a praça”. G.T. “A praça é nossa e compete a nós moradores das proximidades invadi-la com nossas crianças, piqueniques, shows, já foi assim lá atrás e era maravilhoso compartilhar com vizinhos. O que acontece é que, se nós não a usamos, vem os forasteiros e a dominam. Culpa de quem? Uso-a bastante para correr, caminhar, yoga, meditar e não gostaria de ser taxada disso ou daquilo. Pensem nisso com carinho... Nenhum bairro tem esse privilégio de ter uma ‘sunset’ desse ‘nipe’. Um ponto turístico que é apresentado até no Aeroporto de Guarulhos. Tenho orgulho em apresentá-la às visitas nacionais e internacionais. Ora, tem muito mais coisas boas do que ruins, então que tal mudarmos esse paradigma.? Concordo plenamente em fecha-la com grades, horário e porque não um posto policial, como reeducação e intimidação para os ‘bad boys’.”C.M. “Eu topo se todos invadirem a praça com cestas de piquenique.” L.F. “Concordo plenamente. A praça do Por do Sol virou ponto de tráfico de drogas. Não temos mais liberdade de levar nossas crianças e família.” G. S. “Alguém sabe quando vão reabrir a Praça do Por do Sol? Ou será que estão esperando para implementar as regras de praça fechada, cercada com grades e com horário de funcionamento?” C.M. “A região ficou bem mais tranquila! Estava superlotada de pessoas de fora do bairro, drogas e ambulantes. Espero que não volte a ser o que era antes.” B.S. “Acho que a praça deve reabrir sim. Sou a favor e já devia ter aberto. Com mais segurança, sem ambulantes e gente drogada rolando na grama.“ T.S. “Muito triste uma praça fechada.” C.M.M. “O problema é que o povo não respeita, outro dia vi até piquenique e muita sujeira.” A.M.I. “A pandemia já acabou a ponto de poderem voltar as aglomerações que a praça atrai por volta da hora do por do sol? É preciso haver segurança para a saúde dos frequentadores e isso ainda não há, visto que é um local que atrai muita gente.“  A.M.M.C. “Sim, um absurdo essa praça linda e fechada!”. C.G. “Eu nunca suportei barulho, som alto e sujeira nessa praça ou em qualquer lugar parecido. Sempre olhei com maus olhos a aglomeração neste local, muito antes do vírus chinês aparecer. Mas convenhamos, neste caso, penso eu, que já virou cômodo à vizinhança esse silêncio.” A.P.N.B. “Por curiosidade, não pretende tirar nunca mais os tapumes?” P.T.M. “Cadê nosso subprefeito? São tantos que já passaram por aqui, que nenhum se interessa pela praça.” L.F. “E as ruas aqui são puras crateras e as pontes e viadutos podres.” S.J.A.      


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