05/02/2021 às 00h11min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h19min

Biblioteca Alceu de Amoroso Lima: público cresce e acervo aumenta

A Biblioteca Pública de Pinheiros, posteriormente denominada Biblioteca Alceu de Amoroso Lima, foi inaugurada em dezembro de 1979, após um movimento de reivindicação dos moradores e comerciantes do bairro de Pinheiros que não encontravam na região um ambiente apropriado para a leitura e o acesso à informação. Inicialmente a Biblioteca foi instalada em um sobrado localizado na Rua Cardeal Arcoverde, 3019. História Desde sua implantação, o público foi crescendo e o acervo aumentando a cada ano. A unidade, que atendia apenas usuários de Pinheiros e proximidades, passou a receber também leitores dos bairros próximos. Em 1988, com um acervo de 14 mil volumes, o espaço se tornou insuficiente e a comunidade criou a Sociedade de Amigos da Biblioteca Alceu Amoroso Lima, que reivindicou a construção de um novo prédio e a garantia de sua manutenção. A associação passou a buscar terrenos vazios no bairro para abrigar o novo edifício e acabou por escolher o terreno da esquina da Avenida Henrique Schaumann com a Rua Cardeal Arcoverde. Em 1990, a prefeitura de São Paulo aprovou um projeto arquitetônico, de linhas modernas, assinado pelo arquiteto José Osvaldo Vilela. A inauguração da nova sede, que abriga atualmente a Biblioteca, ocorreu em outubro 1998. Escultura Em 2009 a Biblioteca recebeu uma escultura, obra do artista León Ferrari, feita em homenagem ao patrono, Alceu de Amoroso Lima, que foi colocada em seu jardim frontal. Selecionada para ser uma das Bibliotecas Temáticas do Sistema Municipal de Bibliotecas, o espaço foi reformulado em 2006 e passou a contar com um andar exclusivo para o Núcleo Temático de Poesia , onde o público pode desfrutar do acervo de poesia num ambiente agradável para a leitura, cursos e oficinas. Além da transformação interior, com a colagem de poemas nas paredes da biblioteca e a compra de mobiliário, a fachada do edifício sofreu uma intervenção artística a partir do trabalho do grupo sprays poéticos, onde com mais de quatro metros de altura, a palavra POESIA é recheada de uma grafitagem em que a linguagem poética adquire uma dimensão urbana e visual. Inicialmente, o número de títulos recebidos relacionados a temática em poesia foi de 600 livros, nacionais e internacionais, disponíveis no mercado editorial. Posteriormente, ensaios, críticas e biografias de escritores foram incorporados ao acervo. O responsável pela escolha do acervo de Poesia e pela programação inicial foi o poeta Frederico Barbosa, curador do Núcleo, visando transformar a biblioteca em um centro cultural ativo e ponto de referência para os interessados neste campo. A biblioteca também está aberta para os poetas que desejem apresentar seus trabalhos. Em janeiro de 2008, pelo Decreto nº 49.172 passou a denominar-se Biblioteca Pública Alceu Amoroso Lima e em dezembro de 2016, pelo Decreto nº 57.528, Biblioteca Pública Municipal Alceu Amoroso Lima. Alceu Amoroso Lima Alceu Amoroso Lima, filho de Manuel José Amoroso Lima e Camila da Silva Amoroso Lima, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 11 de dezembro de 1893. Estudou no Colégio Pedro II e formou-se em direito pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1913. Como crítico de “O Jornal” em 1919, adota o pseudônimo Tristão de Ataíde. Publicou seu primeiro livro em 1922, Afonso Arinos, um estudo crítico sobre a obra do escritor mineiro. Influenciado por Jackson de Figueiredo, Alceu converte-se ao catolicismo em 1928, tornando-se um dos maiores líderes católicos do país. Na década de 1930 tem uma intensa produção editorial, publicando livros sobre os mais variados temas, como economia, sociologia e política. Nas cinco séries de Estudos reuniu seus trabalhos de crítica feitos entre 1927 e 1933. Alceu Amoroso Lima é eleito para a cadeira 40 da Academia Brasileira de Letras em 29 de agosto de 1935. Foi catedrático de literatura brasileira na Faculdade Nacional de Filosofia, um dos fundadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e diretor de assuntos culturais da Organização dos Estados Americanos. Também ministrou cursos sobre civilização brasileira em universidades estrangeiras, inclusive na Sorbonne e nos Estados Unidos. Alceu exerceu uma grande produção jornalística e como articulista destacou-se no combate ao regime militar. O crítico literário, professor, pensador, escritor, líder católico e polígrafo, que publicou dezenas de livros e desenvolveu uma intensa atividade intelectual, morreu em 14 de agosto de 1983 na cidade de Petrópolis (RJ).


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