27/11/2020 às 23h46min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h20min

Babenco, Borat, Putin e Super Mario Bros - É tudo verdade!

Nascido na Argentina o diretor de “Carandiru”, Hector Babenco, recebeu o dom encantado da sétima arte e com muita dedicação aprimorou a técnica dourada, influenciado pela cultura, hábitos e costumes brasileiros pela qual se apaixonou perdidamente, tornando-se o maior cineasta tupiniquim da história. O filho de judeus e ucranianos que vendia lápide no Cemitério do Morumbi é dono de uma carreira infalível, recheada de clássicos, dividida entre a batalha pessoal do diretor contra o câncer, desde a estreia de O Beijo da Mulher Aranha (1984), premiado com o Oscar de Melhor Ator á William Hurt. O documentário que estreou dia 26 nos cinemas, dirigido pela dedicada viúva Bárbara Paz e produzido por Petra Costa, venceu o Leão de Ouro de Veneza. O epitáfio em preto e branco filmado por acaso na intimidade do lar do casal, confunde-se à aclamada filmografia do esforçado moribundo, incluindo a famosa cena de Pixote correndo da polícia e a cena protagonizada pelo grande amigo Jack Nicholson ao lado de Meryl Streep em Ironweed, além de Marília Pêra em O Rei da Noite e o alter ego depauperado, interpretado por Willem Dafoe, Meu Amigo Hindu, que estreou em 2016, mesmo ano da sua morte. Babenco - Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, será o primeiro documentário escolhido para representar o Brasil no Oscar 2021. Em novembro de 2015, um relatório divulgado pela WADA (World Anti-Doping Agency), Agência Mundial Antidoping, revelava que mais de 1.400 amostras de controle de doping de atletas russos, com resultado positivo, foram destruídas e fraudadas. Com isso, a Rússia foi suspensa de competições internacionais de atletismo, por tempo indeterminado, inclusive dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que aconteceriam no ano seguinte. Ícaro, o documentário indicado ao Oscar 2018, disponível na Netflix, retrata o depoimento do ex-chefe do laboratório antidoping do governo Russo, Grigory Rodchenkov, responsável por substituir essas urinas contaminadas por urinas limpas. A corrupção sistêmica era parte de um programa coordenado pelo Serviço Federal de Segurança (a antiga KGB) e o Ministério dos Esportes do país. Tudo supervisionado pelo presidente Vladimir Putin. Segundo Grigory, o esquema para burlar os exames antidopings de Jogos Olímpicos iniciou, pelo menos, a partir da Olimpíada de Moscou em 1980. O fã de George Orwell após tentar suicídio, exilou-se nos Estados Unidos, amparado pelo programa especial de testemunhas. O russo afirmou ainda que até 2008 a China era o maior exportador de esteróides do planeta. Não é à toa que os atletas comunistas chineses nunca se expuseram em meeting internacionais, apenas em olimpíadas e mundiais. Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário. (George Orwell). O universo dos videogames através do documentário High Score, na Netflix, inicia em 1972 com a fundação da Atari. O jogo mais popular da empresa foi Space Invaders e o “pedaço de pizza” Pac-Man ficou em segundo lugar. A invasão de lulas, caranguejos e polvos gigantes do campeão de vendas foi inspirado em A Guerra dos Mundos de H. G. Wells. Após a Nintendo ser absolvida de plágio do King Kong, o console japonês Famicom pôde entrar no mercado americano, liderado por Donkey Kong, usando um novo modelo americano mais compacto que o japonês. Na cola, surge o Sega Genesis, cujo mascote é o porco-espinho, Sonic, um adversário á altura de Mario e Luigi, enquanto no fliperama: Street Fighter 2, já permitia jogar com duas pessoas ao mesmo tempo, inclusive com a personagem Chung Lee, a primeira lutadora feminina da história. Mais tarde, inspirado no filme de Bruce Lee, Operação Dragão, aparece o violentíssimo jogo de personagens digitalizados: Mortal Kombat, liderado por Johnny Cage, homenagem ao “Grande Dragão Branco”, Jean-Claude Van Damme. Já os primeiros jogos em formato RPG de tela verde dos computadores caseiros, iniciam-se em 1976, muito diferente dos modernos jogos online atuais com milhares de jogadores simultâneos ao redor do mundo, cujo pioneiro foi Doom em 1993, ainda pela saudosa internet discada. Em 2006, vivido pelo ator britanico e judeu, Sacha Baron Cohen, Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América, durante o governo George W. Bush, obcecado em conhecer a atriz Pamela Anderson. No caminho, Borat Sagdiyev, entrevista a humilde população conservadora do sul dos Estados Unidos fazendo inusitadas perguntas desconcertantes, sem poupar ninguém. Neste ano, o falso documentário da Prime Video, Borat: Fita de Cinema Seguinte, retorna em outro mandato republicano, porém o cupido da vez é o ex-prefeito de Nova York, Rudolf Juliani por quem a filha adolescente do cazaquistanês,Tutar (Maria Bakalova) se apaixonou, e quase arruinou de verdade a carreira do advogado de Donald Trump. Para não ser reconhecido, o malicioso humorista teve de usar inúmeros disfarces ao penetrar de surpresa nos eventos escolhidos. Passando-se por um ingênuo estrangeiro da antiga república soviética na fronteira entre Ásia e o Leste europeu, o repórter de TV aproveita a inocência dos entrevistados fazendo piadas inteligentíssimas. Até mesmo o Coronavírus foi satirizado. Esse é o símbolo do humor universal pelo qual o programa sectário-ideológico brasileiro: Porta dos Fundos nunca irá praticar.


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