09/11/2018 às 17h46min - Atualizada em 05/05/2021 às 10h03min

Novembro Azul: Medicina Nuclear ajuda na detecção e tratamento do câncer de próstata

Os números são alarmantes: para cada ano do biênio 2018-2019, o INCA estima 68.220 novos casos de câncer de próstata, o segundo mais incidente entre os homens brasileiros. O rastreamento e a detecção precoce deste tipo de câncer são peças-chave para um tratamento mais assertivo e com mais chances de cura – nesse sentido, a Medicina Nuclear tem um papel fundamental. A Medicina Nuclear ainda é um ramo pouco conhecido por uma parcela significativa da população, mas é uma especialidade que oferece exames e tratamentos inovadores por meio de substâncias radioativas, conhecidas por radiofármacos. “As tecnologias utilizadas por médicos nucleares são consideradas muito revolucionárias em relação a diagnóstico e tratamento. Além de nos oferecerem mais precisão na detecção desse tipo de câncer, com potencial de garantir mais tempo e qualidade de vida aos pacientes”,  afirma o Dr. Juliano Cerci, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN). Uma das principais ferramentas nucleares para combater o câncer de próstata tem um nome complicado, mas uma finalidade bastante certeira: o exame PET/CT com PSMA é capaz de localizar células cancerígenas de tumores provenientes da próstata já se espalharam para outras partes do corpo. Outra ferramenta importante e eficaz é o tratamento com Rádio-223, voltado para o câncer de próstata metastático, o estágio mais avançado da doença. O tratamento consiste em imitar o cálcio presente nos ossos, já que uma das metástases mais comuns desse tipo de câncer é a óssea. “O radiofármaco é absorvido pela estrutura óssea e, ao se aproximar das células metastáticas, emite uma dose direcionada de radiação, matando as células do câncer”, comenta o presidente da SBMN. Os tratamentos ainda não são disponibilizados pelo SUS. “As técnicas utilizadas nesse ramo da medicina dão mais confiabilidade aos tratamentos propostos, muitas vezes evitando procedimentos invasivos desnecessários e dolorosos, mas ainda assim, muitos pacientes morrem por conta de diagnóstico tardio. Por isso, a conscientização e esclarecimentos sobre a doença são essenciais”, conclui Juliano. Fonte: SBMN (Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear)


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