07/08/2020 às 23h03min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h26min

Calçadas continuam sendo tema de reclamações. Prefeitura não fiscaliza péssimos serviços

As reformas nas calçadas de Pinheiros continuam sendo motivo de questionamento da população. Há meses, são apontados problemas nas obras em vias como rua Butantã ou Simão Álvares. A Prefeitura promete a finalização do serviço para breve, mas empresas contratadas não realizam um serviço adequado e deixam “tudo pela metade”, prejudicando os pedestres. E a fiscalização sempre deixa a desejar.   A reclamação continua “Calçadas não terminadas. Pode isso? Rua Butantã, 61, e rua Simão Alves, em Pinheiros!” – A.C.   “O mesmo do mesmo, zeladoria zero!” – B.B.   “Calma, eles vão terminar, para daqui a pouco quebrar e fazer outra.” – R.M.P.   “Bem assim mesmo. Na rua Simão Álvares este meio da calçada já está todo quebrado.” – D.R. “Na rua Teodoro Sampaio, da Doutor Arnaldo até a Henrique Schaumann, foi feita dessa maneira, sem nenhuma fiscalização da Prefeitura.” – M.L.S.   “Gente! Essas calçadas já estão rachando, um horror.” – M.F.N.   “A empreiteira não pagou o pedágio...” – R.M.   Cronograma afetado A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, informa que o cronograma das obras de requalificação das calçadas, das vias mencionadas pela reportagem, foi impactado por obras de concessionárias, gerando readequação do cronograma. Entretanto, os serviços estão em andamento, em fase de finalização, e serão concluídos em breve. A fiscalização é feita pela SMSUB e nenhum serviço é dado como concluído antes que se faça qualquer ajuste necessário. Mas, novamente, a fiscalização é falha e, segundo os moradores, a Prefeitura “deixa” realizar o serviço mal feito, para depois corrigir e nunca ficar de maneira correta.   R$ 200 milhões de péssimos serviços de concessionárias A Secretaria Municipal das Subprefeituras ressalta que tem dado prosseguimento à requalificação dos passeios públicos contemplados no Plano Emergencial de Calçadas. Com o foco em aprimorar a mobilidade urbana da cidade, serão 1,6 milhões de m² de calçadas prioritárias que receberão obras, considerando critérios como áreas com grande fluxo de pedestres, próximas a comércios, de escolas e de hospitais. As obras acontecerão até o final deste ano. Ao todo, haverá o investimento de R$ 200 milhões no programa, mas ressaltamos, sem fiscalização adequada, ineficiente e de trabalhos que prejudicarão o pedestre.   Calçadas com piso escorregadio Em março, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, a Prefeitura informou que em dezembro de 2019, foram iniciadas as obras de requalificação de, aproximadamente, 134 mil m² de calçadas na fase inicial do Plano Emergencial de Calçadas (PEC). O material usado nas obras é o concreto armado, que visa o conforto e facilidade da mobilidade dos pedestres, em especial, dos que possuem alguma dificuldade de locomoção. Por ser um piso liso, não faz com que cadeiras de roda trepidem, além de não enroscar nas bengalas utilizadas por deficientes visuais. A reclamação dos leitores é que o piso é escorregadio e, quando molhado, pode causar acidentes. A Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), órgão vinculado à Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED), da Prefeitura de São Paulo, elaborou cartilhas com informações e características que calçadas acessíveis devem ter. Elas estão disponíveis em versão digital no site da SMPED e também serão distribuídas nos cursos para aprimoramento de profissionais de Subprefeituras, engenheiros, arquitetos e empreiteiras contratadas, quanto às Normas de Acessibilidade (Decreto Municipal 58.611/2019, NBR9050/2015, NBR16537/2016 e legislação pertinente).


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