10/07/2020 às 12h14min - Atualizada em 05/05/2021 às 09h27min

Os perigos e cuidados na reabertura de bares e restaurantes. E veja o “Boulevard Aspicuelta”

A colocação de São Paulo na fase amarela do Plano SP autorizou a reabertura de bares e restaurantes. Entretanto, sem os devidos cuidados, a medida pode aumentar os riscos de contaminação da Covid-19. Prefeitura salienta a importância de execução dos protocolos assinados. Nenhum local deve permanecer aberto mais do que seis horas e o horário de fechamento é às 17h. O Brasil acompanhou as aglomerações nos bares do Leblon com espanto. Matéria da revista ‘Exame’ aponta que a reabertura de bares na Espanha causou agravamento do cenário e a colocação de cidades em ‘lockdown’ (isolamento obrigatório). Um dos grandes pontos de bares da cidade, a Vila Madalena pode sofrer consequências catastróficas, caso os protocolos não sejam seguidos à risca. Outro projeto ao ar livre seria novamente o “Boulevard Aspicuelta”, onde os comerciantes tentam viabilizar algo similar desde 2008. A Prefeitura salienta que, justamente para que a reabertura ocorra de maneira segura, promovendo distanciamento social, foi definido um protocolo detalhado para retomada das atividades de bares e restaurantes. Como estabelecido em comum acordo com as entidades representativas, a fiscalização do cumprimento das medidas se dá por autotutela do próprio setor.   Protocolo para bares e restaurantes Antes de retomar as atividades, os estabelecimentos deverão submeter todos os ambientes a um processo intenso de higienização e desinfecção. Funcionários que apresentarem sintomas de gripe precisarão ser testados antes de voltar ao trabalho e, os que fazem parte do grupo de risco, ou têm acima de 60 anos, deverão seguir o regime de teletrabalho. Após a reabertura, todos os colaboradores devem fazer aferição de temperatura e triagem rápida diariamente. O estabelecimento deve dar preferência para as vendas online, evitando ao máximo a presença de clientes no local. A capacidade de ocupação precisará ser reduzida a 40% enquanto a capital estiver na classificação amarela do Plano São Paulo e a 60% na classificação verde. Durante a fase amarela, está proibido o atendimento a clientes que estejam consumindo os produtos nas calçadas.   Boulevard Aspicuelta De acordo com matéria divulgada no ‘Guia da Vila’, empresários da rua Aspicuelta, na Vila Madalena, querem transformar a via em um ‘Boulevard’ aos fins de semana. A intenção seria fechar a rua para veículos das 16h dos sábados às 22h de domingo. Outro projeto similar foi idealizado pela Prefeitura em 2008, e teve as obras iniciadas e logo interrompidas. Tinham um custo de R$ 3 milhões que seriam bancados em parceria com uma marca de cerveja e abrangeria, além da rua Aspicuelta, as ruas Wizard, Mourato Coelho e Harmonia. Mas o entrave principal para projetos deste tipo são os problemas que causam ao grande trânsito da região, que teve muito aumento nos últimos anos. O bairro é um reduto da boemia paulistana e gera mais de 12 mil empregos formais e informais. A matéria cita a necessidade de distanciamento social e a vontade de empresários de colocar mesas nas ruas. Nenhum morador do bairro foi ouvido sobre o tema. No Facebook, entretanto, um residente local afirmou que a ideia era “mais uma dos que querem tomar conta da Vila Madalena”. A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Pinheiros, esclarece que não há nada concreto em relação ao assunto. Em 2018, a rua dos Pinheiros foi tópico de polêmica similar com a implementação do Projeto Caminhar Pinheiros, que tinha como intenção alargar o espaço do pedestre, diminuindo sobremaneira a via para. Quem mora nas adjacências comentou a grande piora no trânsito local e a utilização dos espaços apenas por consumidores dos restaurantes locais.   Todo cuidado é pouco As mesas, que não poderão ser ocupadas por mais de seis pessoas, devem ter 2 metros de distância entre elas e as cadeiras de pelo menos 1 metro. Os clientes só poderão consumir os alimentos dentro dos estabelecimentos se todos estiverem sentados, seguindo corretamente as recomendações de higiene. As portas e janelas deverão estar preferivelmente abertas, privilegiando a ventilação natural e minimizando o manuseio de maçanetas e fechaduras. Em caso de ambientes climatizados, garantir a manutenção dos aparelhos de ar condicionado, conforme recomendação da legislação vigente.   Treino e orientação para todos os funcionários As recomendações de marcação no piso para filas, não realização de eventos, evitar aglomerações, instalação de barreiras acrílicas nos caixas, disponibilização de álcool em gel, higienização de maquininhas de cartão de crédito a cada uso e utilização de máscaras também são as mesmas dos estabelecimentos abertos nas fases 2 e 3. Os estabelecimentos também são responsáveis por treinar e orientar seus funcionários para que todas as medidas sejam seguidas, bem como os clientes, evitando assim a proliferação do vírus na capital e nestes ambientes. Os cardápios deverão ser disponibilizados por meio de plataformas digitais (site do estabelecimento, menu digital via QR Code ou aplicativo) ou cardápios de grande porte e visibilidade dispostos nas paredes do estabelecimento, como lousas, quadros e luminosos. Os restaurantes que atuam com a opção de self-service e com sistema de pedidos para consumo no interior deverão disponibilizar garçons e colaboradores para servir os clientes devidamente paramentados com equipamentos de proteção individual. O horário de funcionamento dos estabelecimentos deverá ser de seis horas diárias, respeitando o limite das 17h, em função de determinação estadual.    


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